Power Rangers se consagra como um clássico insuperável em 25 anos de história

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A primeira geração dos heróis da TV

Em 28 de agosto de 1993, a Fox americana exibia o primeiro episódio da série que se tornaria uma franquia e um megassucesso mundial. Querendo ou não, Power Rangers é um marco na história do tokusatsu. Em meio às exibições de clássicos japoneses do gênero na TV brasileira, ainda nos anos 90, os adolescentes de Alameda dos Anjos apresentavam um novo jeito de contar aventuras através do formato tradicional da franquia Super Sentai, que geralmente mostra um quinteto e pelo menos um robô gigante brigando pela paz da Terra contra algum grupo maligno que deseja conquistar nosso planeta azul.

Pode ainda parecer estranho para algum gato pingado e/ou desavisado de plantão essa fórmula de utilização de cenas japonesas num programa infantil voltado para os americanos. Mas isso não era exclusividade da antiga Saban. Lá no comecinho da história do tokusatsu, o primeiro filme de Godzilla gerou uma adaptação mais ou menos nesse mesmo molde em 1956 com personagens americanos interagindo nas cenas japonesas. Isso sem falar que Sun Vulcan (de 1981) e Bioman (de 1984) estavam no páreo da Marvel e da Saban, respectivamente, para serem os primeiros Super Sentai a invadirem o ocidente. Isso sem contar que Dynaman (de 1983) serviu de protótipo numa paródia do programa Night Flight da USA Network entre 1987 e 1988. Esse não passou de seis episódios.

Por incrível que pareça, a Saban encontrou um modelo, digamos, mais rentável para distribuir as séries tokusatsu no ocidente: vendendo um enlatado americano fabricado no Japão. Tal fato possibilitou um acesso aos produtos da franquia da Toei Company. Algo bem difícil antes de Power Rangers. Nesse mesmo período, outras produtoras como a DIC e a Adness tentaram emplacar da mesma forma com Superhuman Samurai (1994) e Kamen Rider: O Cavaleiro Dragão (2009), respectivamente. Além da própria Saban ter criado seus próprios derivados de Power Rangers nos anos 90: VR Troopers, Beetleborgs (adaptações dos Metal Heroes) e Masked Rider (adaptação de Kamen Rider). Todos eles não repetiram o mesmo êxito que Power Rangers ainda tem até os dias de hoje.

Independente de você gostar ou não, Power Rangers sempre foi e sempre será uma referência ao tokusatsu e um digno elemento de divulgação para algum leigo que tenta compreender o estilo criado nos anos 50 por Eiji Tsuburaya. São 25 temporadas na TV, três filmes para o cinema, além de especiais, games e várias sagas nos quadrinhos. Agora como parte da Hasbro, a franquia passa por um momento importante onde deverá ter uma relevância muito maior daqui pra frente com a inclusão do conceito de multiversos (assim como acontece nas séries Ultraman).

O universo tokusatsu seria diferente se não fossem os heróis multicoloridos. Mesmo com seus altos e baixos, o clássico Mighty Morphin Power Rangers se mantém em constante atualização através de outras mídias e vem se consagrando como um sucesso absoluto e insuperável da cultura pop. A franquia também está a um passo de expandir o universo com a mesma força que os heróis da DC e da Marvel. Vale a pena acompanhar antigas e recentes temporadas.

It’s morphin’ time!

PS: Escrevi recentemente uma edição especial da Coluna do Daileon dedicada aos 25 anos de Power Rangers e com participações especiais de gente envolvida na divulgação da franquia e de tokusatsu em geral na internet. Confira no site JBox.

PS 2: Nesta terça (28) participei de um post comemorativo do site Serial Cookies onde a cosplayer Lulu Gabriella e eu montamos um ranking com os 5 episódios mais marcantes de Power Rangers. Confira aqui.

Autor: César Filho

Sou César Filho e desde pequeno acompanho séries japonesas, especialmente do gênero tokusatsu. Em 2013, lancei o Blog Daileon, meu espaço autoral onde comento sobre as principais produções da cultura pop japonesa. Incluindo animês como Os Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball e Gundam; e tokusatsu como Jaspion, Kamen Rider e Ultraman. Entre 2013 e 2017, fui palestrante em eventos como Sana e Anime Master, sediados na cidade de Fortaleza, capital do Ceará. De 2018 a 2023, fui redator e colunista do JBox, um dos principais sites especializados em cultura pop japonesa no Brasil. Em 2024, o Blog Daileon estará de cara nova e ânimos reforçados. E, é claro, com o mesmo propósito de entreter os fãs de tokusatsu e explorar o legado destas produções com 70 anos de história no cinema e na TV. Let’s Change!

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